terça-feira, 29 de setembro de 2009

CHARLES FINNEY (1792-1875)

Nasceu de uma família descrente e se criou num lugar onde os membros da igreja conheciam apenas a formalidade fria dos cultos. Tornou-se um advogado que, ao encontrar nos seus livros de jurisprudência muitas citações da Bíblia, comprou um exemplar com a intenção de conhecer as Escrituras. Eis um trecho de sua biografia: Ao ler a Bíblia, ao assistir às reuniões de oração, e ouvir os sermões do senhor Galé, percebi que não me achava pronto a entrar nos céus... Fiquei impressionado especialmente com o fato de as orações dos crentes, semana após semana, não serem respondidas. Li na Bíblia “pedi e dar-se-vos-á”. Li, também, que Deus é mais pronto a dar o Espírito Santo aos que lho pedirem, do que os pais terrestres a darem boas coisas aos filhos. Ouvia os crentes pedirem um derramamento do Espírito Santo e confessarem, depois, que não o receberam. Exortavam uns aos outros a se despertarem para pedir, em oração, um derramamento do Espírito de Deus e afirmavam que assim haveria um avivamento com a conversão de pecadores... Foi num domingo de 1821 que assentei no coração resolver o problema sobre a salvação da minha alma e ter paz com Deus. (...) Fui vencido pela convicção do grande pecado de eu envergonhar-me se alguém me encontrasse de joelhos perante Deus, e bradei em alta voz que não abandonaria o lugar, nem que todos os homens da terra e todos os demônios do inferno me cercassem. O pecado parecia-me horrendo, infinito. Fiquei quebrantado até o pó perante o Senhor. Nessa altura, a seguinte passagem me iluminou: “ Então me invocareis, e ireis, e orareis a mim, e eu vos ouvirei. E buscar-me-eis, e me achareis, quando me buscardes de todo o vosso coração”.
A conversão de Finney e o seu imediato batismo no Espírito Santo, contados em sua biografia, são impressionantes. O amor a Deus, a fome de sua Palavra, a unção para testemunhar e anunciar do Evangelho vieram sobre ele no dia de sua entrega a Jesus. Imediatamente, o advogado perdeu todo o gosto pela sua profissão e tornou-se um dos mais famosos pregadores do Evangelho.
Eis o segredo dos grandes pregadores, nas palavras do próprio Finney: Os meios empregados eram simplesmente pregação, cultos de oração, muita oração em secreto, intensivo evangelismo pessoal e cultos para a instrução dos interessados. Eu tinha o costume de passar muito tempo orando; acho que, às vezes, orava realmente sem cessar. Achei, também, grande proveito em observar freqüentemente dias inteiros de jejum em secreto. Em tais dias, para ficar inteiramente sozinho com Deus, eu entrava na mata, ou me fechava dentro do templo.
Conta-se acerca deste pregador que depois de ele pregar em Governeur, no Estado de New York, não houve baile nem representação de teatro na cidade durante seis anos. Calcula-se que somente durante os anos de 1857 e 1858, mais de 100 mil pessoas foram ganhas para Cristo pelo ministério de Finney. Na Inglaterra, durante nove meses de evangelização, multidões também se prostraram diante do Senhor enquanto Finney pregava.
Descobriu-se que mais de 85 pessoas de cada 100 que se convertiam sob a pregação de Finney permaneciam fiéis a Deus; enquanto 75 pessoas de cada cem, das que professaram conversão nos cultos de algum dos maiores pregadores, se desviavam. Parece que Finney tinha o poder de impressionar a consciência dos homens sobre a necessidade de um viver santo, de tal maneira que produzia fruto mais permanente.

terça-feira, 15 de setembro de 2009

A PARÁBOLA DO INDECISO

Havia um grande muro separando dois grandes grupos.

De um lado do muro estavam Deus, os anjos e os servos leais de Deus. Do outro lado do muro estavam Satanás, seus demônios e todos os humanos que não servem a Deus.

E em cima do muro havia um jovem indeciso, que havia sido criado num lar cristão, mas que agora estava em dúvida se continuaria servindo a Deus ou se deveria aproveitar um pouco os prazeres do mundo.

O jovem indeciso observou que o grupo do lado de Deus chamava e gritava sem parar para ele:- Ei, desce do muro agora.... Vem pra cá!

Já o grupo de Satanás não gritava e nem dizia nada. Essa situação continuou por um tempo, até que o jovem indeciso resolveu perguntar a Satanás:

- O grupo do lado de Deus fica o tempo todo me chamando para descer e ficar do lado deles. Por que você e seu grupo não me chamam e nem dizem nada para me convencer a descer para o lado de vocês? Grande foi a surpresa do jovem quando Satanás respondeu:

- É porque o muro já é MEU.

Nunca se esqueça: Não existe meio termo. O muro já tem dono. Pense nisso. Não sabemos o dia nem a hora! Deus te ama! Jesus te chama!!! Vem pra cá!!!

(Ap 3,15-22)

Fonte: Internet

terça-feira, 14 de julho de 2009

Cristo – De Gênesis a Apocalipse

Em Gênesis, Ele é o descendente da mulher.
Em Êxodo, Ele é o Cordeiro Pascoal.
Em Levítico, é o Sacrifício Expiatório.
Em Números, é a Rocha Ferida.
Em Deuteronômio, é o Profeta.
Em Josué, e o Capitão dos Exércitos do Senhor.
Em Juízes, é o Libertador.
Em Rute, é o Parente Divino.
Em Reis e Crônicas, é o Rei prometido.
Em Ester, é o Advogado.
Em Jó, é o nosso Redentor que vive.
Nos Salmos, é o nosso socorro e alegria.
Em Provérbios, é a Sabedoria de Deus.
Em Cantares de Salomão, é o nosso Amado.
Em Eclesiastes, é o Alvo Verdadeiro.
Nos Profetas, é o Messias prometido.
Nos Evangelhos, é o Salvador do mundo.
Nos Atos, é o Cristo ressurgido e poderoso.
Nas Epístolas, é a Cabeça da Igreja.
No Apocalipse, Ele é o Alfa e o Ômega, e o Cristo que volta para reinar.

sexta-feira, 24 de abril de 2009

Arrebatamento: A hora está chegando, prepare-se!


Talvez você nunca tenha ouvido essa palavra antes! Arrebatamento! O que é isso? Devo me preparar? Para que?

Prezado(a) leitor(a), o Arrebatamento é tão real quanto esse momento que você está lendo este folheto. Ou tão real quanto todas as coisas que vê à sua volta agora mesmo. A única diferença é que ele ainda vai acontecer.

O Arrebatamento será o evento quando Jesus Cristo vier buscar todos aqueles que o aceitaram como Senhor e Salvador de suas vidas! A Bíblia nos diz em João 3.16: “Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.” Mais adiante nesse mesmo livro o próprio Jesus afirma novamente: “E, quando eu for e vos preparar lugar, voltarei e vos receberei para mim mesmo, para que, onde eu estou, estejais vós também”. No entanto, o dia e a hora do retorno de Cristo ninguém sabe. É necessário, portanto, que estejamos preparados para esse grande Dia.

Querido(a) amigo(a), é visível que esse mundo está indo em direção ao seu fim e o Arrebatamento pode acontecer a qualquer momento. Se você quer saber mais sobre este assunto de extrema importância venha participar conosco de um culto em uma Igreja.

Departamento de Evangelismo da UMADC

quinta-feira, 16 de abril de 2009

Fome


Em pleno século 21, a questão em destaque no cenário nacional é acabar com a fome dos que possuem menos condições financeiras. Mas será que realmente existe uma solução para acabar com a fome?


Desde o início do século passado o mundo tem presenciado alguns períodos em que houve fome na Rússia, na China, na Índia e em vários outros países a fome tem assolado uma grande parte da população, inclusive o Brasil. O que diz a Palavra de Deus a respeito deste assunto?


Observando as Escrituras (Bíblia) ela nos alerta para estes acontecimentos no fim dos tempos. No Evangelho de Lucas capitulo 21 e versículo 11 há um relato sobre este mal que aflige a humanidade: E haverá em vários lugares grandes terremotos, e fomes e pestilências; haverá também coisas espantosas, e grandes sinais do céu (Lc 21.11).


Tomando por base a Palavra de Deus notamos que a fome sempre existirá na face da Terra, pois é um sinal da volta de Jesus, o que não nos isenta de fazermos nossa parte em ajudar os necessitados. Porém, a própria Bíblia nos diz como podemos ter um outro tipo de Fome Zero – a Fome Espiritual. Jesus disse em João 6.35: “Eu sou o pão da vida; o que vem a mim jamais terá fome; e o que crê em mim jamais terá sede”. Quando chegamos a Cristo, rendendo toda nossa vida a Ele, jamais teremos fome em nossas almas. É óbvio que a fome física é terrível e devemos combatê-la de todas as formas, mas pior do que ela é a fome espiritual que só o Senhor Jesus pode suprir!


Por: Jairo Cezanovski / Henrique Pesch

segunda-feira, 13 de abril de 2009

COMO ZAQUEU...

CRÔNICA: O hit mais badalado nas últimas semanas em todo o território nacional, inclusive nas rádios seculares, tem literalmente “mexido com as estruturas” do cenário litúrgico da igreja evangélica brasileira...

Sempre que um fenômeno surge no cenário evangélico (gospel para os mais contemporâneos), geralmente ele suscita algumas reações. Duas são praticamente inevitáveis: o frenesi e a contestação. A minha função não é nem aplaudir nem ridicularizar, mas analisar.

O hit mais badalado nas últimas semanas em todo o território nacional, inclusive nas rádios seculares, tem literalmente “mexido com as estruturas” do cenário litúrgico da igreja evangélica brasileira. E a minha formação teológica e compromisso ministerial exigem um posicionamento bíblico contextualizado.

Como Zaqueu... – assim inicia a música. Mas, afinal, que Zaqueu é este?

O sujeito bíblico não desejou em nenhum momento subir “o mais alto” que pudesse, por duas razões óbvias. A primeira, e essencialmente pragmática, sua estatura não lhe permitiria ver a Jesus do solo; a figueira serviu-lhe de apoio para ver a Jesus. A segunda, e fundamentalmente bíblica, embora o texto não diga a velocidade da subida, afirma, sim, que desceu apressadamente, pois o seu intento era receber Jesus em sua casa. Estranhamente esta letra me parece familiar dos escritos do profeta Isaías que em seu capítulo 14 e versículos 13 e 14, quando diz que “subirei acima das mais altas nuvens”. Um aluno mediano da escola dominical sabe a que se refere este contexto bíblico.

“E chamar sua atenção para mim” – prossegue o hit. Cabe aqui outro questionamento, de que maneira um sincero adorador chama a atenção de sua divindade? Nem precisa ser cristão prá responder esta questão. Católicos, islâmicos e budistas preferem inclinar suas frontes, alguns se encurvam até o chão para render reverência à sua deidade? O “Zaqueu” da canção prefere subir... Muito estranho, eu diria.

Apesar de a letra na sequência nos oferecer um alento sobre a nossa pequenez e a nossa dependência a Deus (“largo tudo pra Ti seguir”), em nenhum momento o “Zaqueu pós-moderno” decide descer das alturas – pelo menos não fica claro na música – talvez esteja subtendido subliminarmente.

É espantoso como as pessoas cantam sem ao menos “ler” o hinário contemporâneo projetado nos telões. Posso ser taxado de radical, mas apesar de simples e rústico, considero o meu culto racional. Eu me recuso a cantar algo que não condiz com a minha realidade espiritual. Ou seja, quando um cristão implora através de seus lábios “entra na minha casa, entra na minha vida”, afinal o que ele está querendo dizer? Qualquer aluno da classe “Cordeiros de Cristo” vai saber responder: é sinal que ele está do lado de fora. E se estiver?... Talvez não estejamos entendendo para quem é destinada esta canção. Quem sabe aqui esteja a riqueza da canção! Se a sétima carta apocalíptica foi direcionada ao anjo da igreja em Laodicéia, quem sabe esta não seja a “sétima” missiva para a “Igreja Meio Pentecostal dos Últimos Dias”. Laodicéia (conforme Apocalipse 3.14-22) era a mais rica das sete cidades que receberam uma notificação divina (ela era reconhecida por seu sistema bancário, manufatura de lã e sua escola de medicina). Mas o que a distinguia de fato das demais era as suas águas mornas provenientes de suas fontes de águas quentes. Quando uma igreja morna – como é o caso da igreja que representa a pós-modernidade – começa a suplicar que Jesus entre em sua casa, na verdade, ela nos sugere duas situações dialeticamente opostas: de um lado é lamentável que o Senhor da casa esteja do lado de fora, mas em contrapartida, a conscientização chegou e é um fato em muitas igrejas atualmente. Esta semana um desses pastores angustiados pelo movimento da neo-liturgia sugeriu à sua membresia que substituísse este refrão para: “fica na minha casa, fica na minha vida”. Ainda temos arautos de plantão!

Finalmente, é preciso destacar uma expressão, que, embora não comprometa, deve ser teológica e espiritualmente considerada. Quando se pede “mexe com minha estrutura”, está-se pedindo o quê, afinal de contas? Que estrutura é esta. É de ordem fisiológica? Ideológica? Mental? Ou seria espiritual? Seja qual for, uma outra questão urge: Ele pode mexer, mesmo? Teríamos nós “estrutura” para se deixar abalar pelo Todo-Poderoso? Uma geração que sequer questiona (à luz da Bíblia) o que canta estaria apta para o tratamento do Dr. Jesus e seus métodos nada convencionais? A impressão que tenho é que antes de nos dar ao luxo de procurar o especialista em mudar os caracteres fragmentados pela cosmovisão do sucesso, do hedonismo e da religião liberal, o ideal seria descermos da árvore de Nabucodonosor (Daniel 4) e nos matricularmos na escola do Mestre Jesus. A propósito, as matrículas estão (sempre) abertas.

Uma vizinha minha além das canções de um padre-cantor, um funk carioca e os sucessos de sua FM preferida, ela canta em alto e bom som o sucesso daneseano. Seria a globalização do evangelho? Mundialização ou mundanização? Com a palavra... O evangelho!

Assim como “nem só de pão vive o homem”, nem só de crítica sobrevive este cronista. Uma linha do refrão poderá fazer toda a diferença. “Me ensina a ter santidade” é muito melhor do que “sara todas as minhas feridas” por duas razões fundamentais. A primeira é que santidade não depende de ninguém além de mim mesmo para tê-la. A gente só aprende a ser santo, sendo santo. Eu preciso decidir mudar de vida. O apóstolo Paulo se antecipou à pós-modernidade ao recomendar: “E não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento” (Romanos 12.2). A segunda é que é irreal sonharmos com a possibilidade de não termos mais nenhuma ferida. Ele pode e cura todas as enfermidades, mas isso não significa que eu estarei isento de dores e padecimentos.

Curiosamente, no original, Zaqueu significa “puro” ou “justo”. Bem diferente da figura do cobrador de impostos mais famoso e mais suspeito da história da cristandade.

A propósito, não seria mais sábio suplicar que o Mestre mexa em nossa estatura e em vez de nossa estrutura? Porque não fazermos nossa a proposta de João Batista: “Que Ele cresça e eu diminua”...

Até porque quanto menor eu for maior a sombra da Videira Verdadeira sobre o velho eu!


Fonte:
www.neirmoreira.com

segunda-feira, 6 de abril de 2009

A História da Escola Dominical

O termo " Escola Dominical " foi primeiramente usado pelo jornalista evangélico Robert Raikes, na Inglaterra, a partir de 1780, quando começou a oferecer instrução rudimentar para crianças pobres em seu único dia livre da semana: domingo, pela manhã e à tarde, pois a maioria mesmo tendo pouca idade já trabalhava durante a semana. A Escola Dominical nasceu para servir como o ensino público gratuito, orientado pelos princípios da educação-cristã, vindo posteriormente o governo britânico e de outros países a oferecer o sistema de educação pública e a se responsabilizar oficialmente por ele. O movimento iniciado por Raikes é considerado o precursor desse sistema.

Portanto, a Escola Dominical do nosso tempo náo é o mesmo do britânico inicial, mas o tipo de escola que surgiu na América do Norte muito tempo depois oferecendo um conteúdo curricular bíblico não mais objetivando prioritariamente a aprendizagem da leitura e da escrita de seus alunos e sim o conhecimento bíblico, a edificação espiritual, o discipulado e a integração e a evangelização.
Por isso, a Escola Dominical é o momento especial da semana para que todos que pertencem a uma igreja local (crianças, adolescentes, jovens, adultos, incluindo os novos convertidos), primeiramente, se reúnam para estudar a Palavra de Deus de forma pedagógica e metódica, e também promovam a comunhão, o discipulado e a integração de novos crentes e a evangelização, cooperando para o cumprimento da Grande Comissão de Jesus registrada em Mateus 28.18-20.

HISTÓRIA DA ESCOLA DOMINICAL NO BRASIL
Os missionários escoceses Robert e Sara Kalley são considerados os fundadores da Escola Dominical no Brasil. Em 19 de agosto de 1855, na cidade imperial de Petrópolis, no Rio de Janeiro, eles dirigiram a primeira Escola Dominical em terras brasileiras. Sua audiência não era grande; apenas cinco crianças assistiram àquela aula. Mas foi suficiente para que seu trabalho florecesse e alcançasse os lugares mais retirados de nosso país. Essa mesma Escola Dominical deu origem à Igreja Congregacional no Brasil.
Houve, sim, reuniões de Escola Dominical antes de 1855,no Rio de Janeiro, porém, em caráter interno e no idioma inglês, entre os membros da comunidade americana. Hoje, no local onde funcionou a primeira Escola Dominical do Brasil, acha-se instalado um colégio. Mas ainda é possível ver o memorial que registra este tão singular momento do ensino da Palavra de Deus em nossa terra.

HISTÓRIA DA ESCOLA DOMINICAL NO MUNDO
As origens da Escola Dominical remontam aos tempos bíblicos quando o Senhor ordenou ao seu povo Israel que ensinasse a Lei de geração a geração. Dessa forma a história do ensino bíblico descortina-se a partir dos dias de Moisés, passando pelos tempos dos reis, dos sacerdotes e dos profetas, de Esdras, do ministério terreno do Senhor Jesus e da Primitiva Igreja. Não fossem esses inícios tão longínquos, não teríamos hoje a Escola Dominical. Porém, antes de sumariarmos a história da Escola Dominical em sua fase moderna, faz-se mister evocar os grandes vultos do Cristianismo que muito contribuíram para o ensino e divulgação da Palavra de Deus.
Como esquecer os chamados pais da Igreja e lhes seguiram o exemplo? Lembremo-nos de Orígenes, Clemente de Alexandria, Justino o Mártir, Gregório Nazianzeno, Agostinho e outros doutores igualmente ilustres. Todos eles magnos discipuladores. E o que dizer do Dr. Lutero? O grande reformador do século XVI, apesar de seus grandes e inadiáveis compromissos, Ainda encontrava tempo para ensinar as crianças. Haja vista o catecismo que lhes escreveu. Foram esses piedosos de Cristo abrindo caminho até que a Escola Dominical adquirisse os atuais contornos.
A Escola Dominical do nosso tempo nasceu de visão de um homem que, compadecido com as crianças de sua cidade, quis dar-lhes um novo e promissor horizonte. Como ficar insensível ante a situação daqueles meninos e meninas que, sem rumo, perambulavam pelas ruas de Gloucester? Nesta Cidade, localizada no Sul da Inglaterra, a delinqüência infantil era um problema que parecia insolúvel. Aqueles menores roubavam, viciavam-se e eram viciados; achavam-se sempre envolvidos nos piores delitos. É nesse momento tão difícil que o jornalista episcopal Robert Raikes entra em ação. Tinha ele 44 anos quando saiu pelas ruas a convidar os pequenos transgressores a que se reunissem todos os domingos para aprender a Palavra de Deus. Juntamente com o ensino religioso, ministrava-lhes Raikes várias matérias seculares: matemática, história e a língua materna - o inglês.
Não demorou muito, e a escola de Raikes já era bem popular. Entretanto, a oposição não tardou a chegar. Muitos eram os que o acusavam de estar quebrantando domingo. Onde já se viu comprometer o dia do Senhor com esses moleques? Será que o Sr. Raikes não sabe que o domingo existe para ser consagrado a Deus? Robert Raikes sabia-o muito bem. Ele também sabia que Deus é adorado através de nosso trabalho amoroso incondicional. Embora haja começado a trabalhar em 1780, foi somente em 1783, após três anos de oração, observações e experimentos, que Robert Raikes resolveu divulgar os resultados de sua obra pioneira. No dia três de novembro de 1783, Raikes publica, em seu jornal, o que Deus operara e continuava a operar na vida daqueles meninos Gloucester. Eis porque a data foi escolhida como o dia da fundação da Escola Dominical.
Mui apropriadamente, escreve o pastor Antonio Gilberto: "Mal sabia Raikes que estava lançando os fundamentos de uma obra espiritual que atravessaria os séculos e abarcaria o globo, chegando até nós, a ponto de ter hoje dezenas de milhões de alunos e professores, sendo a maior e mais poderosa agência de ensino da Palavra de Deus de que a Igreja dispõe".
Tornou-se a Escola Dominical tão importante, que já não podemos conceber uma igreja sem ela. Haja vista que, no dia universalmente consagrado à adoração cristã, nossa primeira atividade é justamente ir a esse prestimoso educandário da Palavra de Deus. É aqui onde aprendemos os rudimentos da fé e o valor de uma vida inteiramente consagrada ao serviço do Mestre.
A. S. London afirmou, certa vez, mui acertadamente: "Extinga a Escola Bíblica Dominical, e dentro de 15 anos a sua igreja terá apenas a metade dos seus membros". Quem haverá de negar a gravidade de London? As igrejas que ousaram prescindir da Escola Dominical jazem exangues e prestes a morrer.

CRONOLOGIA DA ESCOLA DOMINICAL
No Mundo, no Brasil e nas Assembléias de Deus
ANO ACONTECIMENTO
1736 14/09
Nasce Robert Raikes, na Inglaterra.
1780 Robert Rikes, jornalista evangélico (episcopal), com 44 anos, realiza em Gloucester, Inglaterra, as primeiras aulas aos domingos pela manhã para crianças sobre leitura, escrita, aritmética, instrução moral e cívica e conhecimentos religiosos, dando início à Escola Dominical, não exatamente no modelo que temos hoje, mas como escola de instrução popular gratuita, o que veio a ser a precursora do moderno sistema de ensino público. As primeiras professoras foram assalariadas por Raikes.
1783 03/11
Dia Natalício da Escola Dominical, pois Raikes, após três anos de experiência com 7 Escolas Dominicais em casas particulares e com 30 alunos em cada uma delas, alcança êxito em seu trabalho com a transformação na vida de duas crianças. A Escola Dominical passou das casas particulares para os templos, os quais passaram a encher-se de crianças.
1784 Quatro anos após a fundação, a Escola Dominical já contava com 250 mil alunos matriculados.
1785 Raikes Organiza a primeira União de Escolas Dominicais, em Gloucester, com ajuda de William Fox. Surgem as primeiras Bíblias, Testamentos e Livros para serem usados especialmente nas Escolas Dominicais. Raikes publica o Sunday School Companion, que era um simples livro de leitura de versículos bíblicos.
É iniciado o movimento de Escolas Dominicais nos Estados Unidos da América, na Casa de William Elliott, inspirado nos exemplos britânicos.
1790 É fundada a primeira União de Escolas Dominicais dos EUA, em Philadelphia, para prover salas de aulas e professores para as escolas. Em Charleston, EUA, a Conferência Metodista reconhece oficialmente as suas Escolas Dominicais.
1797 Somente na Inglaterra chega a mil o número de Escolas Dominicais.
1800 Surgem fortes ataques contra a Escola Dominical. Raikes , acusado de "profanador do Dia do Senhor", pelo fato de fazer funcionar a Escola aos domingos... Tal acusação partiu dos religiosos da época. No Parlamento chegou a ser apresentado um decreto para proibir Escolas Dominicais em toda a Inglaterra. Tal decreto jamais foi aprovado.
1810 O movimento já contava com mais de três mil Escolas Dominicais e com aproximadamente 275 mil alunos matriculados.
1811 Começa a separação de classes para que adultos analfabetos, assim como as crianças, também pudessem aprender a ler a Bíblia. O movimento chega a 400 mil alunos matriculados só na Inglaterra.
5/04
Morre Robert Raikes, aos 76 anos de idade, tendo a Escola Dominical se espalhado por toda a Inglaterra e em outras partes do mundo.
1820 Começam os primeiros passos para congregar as Uniões locais de Escolas Dominicais numa central - União Americana de Escolas Dominicais.
1824 25/05
A União Americana de Escolas Dominicais, em Filadelfia, EUA, torna-se a representante nacional de 723 Escolas afiliadas e 50 mil alunos.
1831 As Escolas Dominicais chegam a 1.250.000 alunos matriculados, cerca de 25% da população da Inglaterra na época.
1832 03/10
Realizada a Primeira Convenção Nacional da União Americana de Escolas Dominicais, em New York.
1836 O Rev. Justin Spauding, da Igreja Metodista, organiza no Rio de Janeiro, entre estrangeiros, uma congregação com cerca de 40 pessoas e em junho abre uma Escola Dominical com 30 alunos, dos quais alguns eram brasileiros, ensinados na sua própria língua.
1855 19/08
Robert Kalley e sua esposa Da. Sarah Poulton, casal de missionários escoceses, realizam a primeira aula de Escola Dominical para cinco crianças, em sua residência na cidade de Petrópolis, Rio de Janeiro, o que resultaria na fundação da Igreja Evangélica Fluminense, embrião da Igreja Congregacional.
1911 Dois meses após a fundação das Assembléias de Deus, é realizada a primeira aula de Escola Dominical, na casa do irmão José Batista Carvalho, na Av. São Jerônimo, em Belém, PA.
1920 Começa a circular como suplemento do Jornal Boa Somente em Belém, PA, os Estudos Dominicaes, o embrião da atual revista Lições Bíblicas, para Jovens e Adultos.
1930 Lançada a revista Lições Bíblicas para adultos, inicialmente comentada pelos missionários suecos Samuel Nyström e Nils Kastberg. A CPAD ainda não tinha sido fundada.
1932 25 a 31/7
Realizada a XI Convenção Mundial de Escolas Dominicais, no Teatro Municipal do Rio de Janeiro

1943 Lançada a primeira revista para crianças na Escola Dominical das Assembléias de Deus, escrita pelas professoras Nair Soares e Cacilda de Brito.
1955 Surge nova revista infantil da CPAD, chamada Lições Bíblicas para Criança, para as idades de 6 a 8 anos. Publicado o primeiro comentário de Lições Bíblicas de autoria do missionário sueco Eurico Bergstén, que viria ser o comentarista com o maior número de lições escritas: 35.
19/8
Completados 100 anos de fundação das Escolas Dominicais no Brasil.
1973 Novamente lançada pela CPAD uma revista para crianças por iniciativa e comentários do pr. José Pimentel de Carvalho, sob o título: Minha Revistinha, para as idades de 4 e 5 anos.
1974 Fundado o Departamento de Escola Dominical da CPAD (atual Setor de Educação Cristã), sob a chefia do pastor Antonio Gilberto.
1 a 06/07
Realizado o primeiro CAPED (Curso de Aperfeiçoamento de Professores da Escola Dominical), da CPAD e fundado pelo pastor Antonio Gilberto, na Assembléia de Deus de São Cristóvão, RJ. Lançado o Livro "Manual da Escola Dominical", de autoria do pastor Antonio Gilberto, best-seller da CPAD e livro-texto do CAPED. Lançada pela CPAD a revista infantil Estudando a Bíblia (atual revista Juniores, para crianças de 9 a 11 anos).
1980 Comemorados os 200 anos de fundação da Escola Dominical no mundo pela Associação lnternacional de Educação Cristã (ICEA). O número de alunos em todo o mundo, é estimado em 120 milhões, com cerca de 2 milhões de Escolas Dominicais (não nos moldes do modelo britânico de Raikes) e 8 milhões de professores.
1981 Lançado pela CPAD o Primeiro Plano de Revistas da Escola Dominical para Assembléias de Deus, formulado pelo pastor Antonio Gilberto, que estabelecia, pela primeira vez, revistas para cada faixa etária da Escola Dominical.
1982 Lançada a revista Mensageiros da Fé (atual Adolescentes Vencedores), para crianças de 12 a 14 anos. Lançada revista do Mestre para a revista Lições Bíblicas (Jovens e Adultos), comentadas pelos missionários João Kolenda Lemos e sua esposa Doris Ruth Lemos.
1985 Lançado pela CPAD o Curso Evangelização Infanto-Juvenil (CEI) destinado ao treinamento de professoras de crianças e adolescentes (curso atualmente fora desativado).
1994 Reformulado e Relançado pela CPAD o Plano de Revistas formulado em 1974, com a inclusão de duas novas revistas: Campeões da Fé (atual Juvenis Lições Bíblicas), para adolescentes de 15 a 17 anos, e a revista Discipulando para novos convertidos.
1996 Lançada a campanha da CPAD Biênio da Escola Dominical - 96/97 "Achei o Livro na casa do Senhor".
5 a 07/06
Realizado o I Encontro Nacional de Superioridades de Escola Dominical, no Hotel Glória, Rio de Janeiro, RJ.
1998 10 a 13/6
Realizado o I Congresso Nacional de Escolas Dominicais das Assembléias de Deus, no Riocentro, Rio de Janeiro, RJ.
11 a 20/11
Realizado o primeiro CAPED fora do Brasil, em Moçambique, África. Lançado o CAPED em vídeo com 5 fitas.
1999 12 a 15/11
Realizada a Conferência Nacional de Escolas Dominicais, no Centro de Convenções da Universidade Federal de Pernambuco, Recife. Lançada a revista Lições Bíblicas Mestre em CD-ROM. Lançada a Revista Ensinador Cristão, da CPAD, para circular a partir do 1º trimestre de 2000. Reformulado e relançado o Plano de Revistas da CPAD da edição de 1994, tendo as primeiras revistas de Escola Dominical no Brasil totalmente coloridas e tendo a inclusão de mais duas revistas: a Maternal, para crianças de 2 e 3 anos, e a Discipulado Mestre.
2000 Lançadas as revistas de Escola Dominical da CPAD para toda a América Latina pela Editorial Patmos. (editora da CPAD para o mundo hispânico).
24 a 27/05
Realizado o segundo CAPED fora do Brasil: Nova Iorque, EUA.Lançado o CEI em vídeo com 4 fitas. Lançada a Cartilha Escola Dominical Revistas e Currículos, para pastores, superintendentes, coordenadores de departamentos e professores. Lançada a capanha todos na Escola Dominical cada crente um aluno, para mobilizar as Igrejas a envolverem a grande partes de seus membros que não freqüentam a Escola Dominical nas Assembléias de Deus.
06 a 09/09
Realizado o II Congresso Nacional de Escolas Dominicais nas Assembléias de Deus, no Riocentro, Rio de Janeiro.

Fonte:www.escoladominical.com.br